Na cidade de
Nova York, Brandon (John Dall) e Phillip (Farley Granger) assassinam seu
amigo David, por considerarem-se superiormente intelectuais em relação a
ele e para provar a si mesmos que podem cometer o crime perfeito. Com
toda a frieza e arrogância, resolvem esconder o cadáver em um grande
baú, que servirá como mesa e estará exposto no meio da sala de estar do
apartamento deles, durante uma festa que realizarão logo em seguida para
os amigos e a família. Para quem adora filmes baseados em fatos reais,
aí está uma ótima opção.
A história de Festim Diabólico foi
inspirada no caso Leopold-Loeb, em que dois estudantes da Universidade
de Chicago cometem um assassinato de forma bem parecida com a mostrada
no filme.
Visando um longa de ações quase interruptas, Hitchcock
promove uma narrativa quase que inteira em planos-sequência e longas
tomadas (claro que há alguns cortes perceptíveis escondidos), levando a
experiência de Festim Diabólico a algo próximo de uma peça teatral. A
trama centra-se no jogo sádico de dois assassinos misturados juntos a
uma grande festa que – logo após enforcarem o convidado principal –
testam a inteligência e capacidade de seus participantes.
Uma
curiosidade da trama é a suposta homossexualidade de Brandon e Phillip.
Há quem diga que os dois assassinos que inspiraram a trama do filme eram
gays e que o roteiro teria se aproveitado deste fato ao dar uma nova
roupagem para a história, fazendo-o, porém, de uma forma sutil, quase
imperceptível. Isto não é comprovado, e nem há qualquer menção a
respeito durante todo o transcorrer da narrativa, mas há quem note este
teor.
Este filme é um marco da carreira do mestre do suspense
Alfred Hitchcock e da história do cinema mundial. É esplendoroso, tenso,
instigante e merece ser visto.
NOTA DO LANTERNINHA: 8,5.
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