segunda-feira, 28 de abril de 2014

FESTIM DIABÓLICO (ROPE), de Alfred Hitchcock.

Na cidade de Nova York, Brandon (John Dall) e Phillip (Farley Granger) assassinam seu amigo David, por considerarem-se superiormente intelectuais em relação a ele e para provar a si mesmos que podem cometer o crime perfeito. Com toda a frieza e arrogância, resolvem esconder o cadáver em um grande baú, que servirá como mesa e estará exposto no meio da sala de estar do apartamento deles, durante uma festa que realizarão logo em seguida para os amigos e a família. Para quem adora filmes baseados em fatos reais, aí está uma ótima opção.
A história de Festim Diabólico foi inspirada no caso Leopold-Loeb, em que dois estudantes da Universidade de Chicago cometem um assassinato de forma bem parecida com a mostrada no filme.
Visando um longa de ações quase interruptas, Hitchcock promove uma narrativa quase que inteira em planos-sequência e longas tomadas (claro que há alguns cortes perceptíveis escondidos), levando a experiência de Festim Diabólico a algo próximo de uma peça teatral. A trama centra-se no jogo sádico de dois assassinos misturados juntos a uma grande festa que – logo após enforcarem o convidado principal – testam a inteligência e capacidade de seus participantes. 



Uma curiosidade da trama é a suposta homossexualidade de Brandon e Phillip. Há quem diga que os dois assassinos que inspiraram a trama do filme eram gays e que o roteiro teria se aproveitado deste fato ao dar uma nova roupagem para a história, fazendo-o, porém, de uma forma sutil, quase imperceptível. Isto não é comprovado, e nem há qualquer menção a respeito durante todo o transcorrer da narrativa, mas há quem note este teor.
Este filme é um marco da carreira do mestre do suspense Alfred Hitchcock e da história do cinema mundial. É esplendoroso, tenso, instigante e merece ser visto.

NOTA DO LANTERNINHA: 8,5.

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