Título Original: Her
Gênero: Comédia/Drama
Direção: Spike Jonze
Roteiro: Spike Jonze
Elenco: Joaquin Phoenix, Amy Adams, Scarlett Johansson, Rooney Mara, Kristen Wiig, Lynn Adrianna, Lisa Renee Pitts, Gabe Gomez, Chris Pratt, Artt Butler, Bill Hader, Spike Jonze, Brian Johnson, Matt Letscher, Olivia Wilde, David Azar, Melanie Seacat, Pramod Kumar e Evelyn Edwards
Produção: Chelsea Barnard, Megan Ellison e Natalie Farrey
Fotografia: Hoyte Van Hoytema
Montador: Jeff Buchanan e Eric Zumbrunnen
Trilha Sonora: Owen Pallett
Ano: 2013
País: Estados Unidos
Gênero: Comédia/Drama
Direção: Spike Jonze
Roteiro: Spike Jonze
Elenco: Joaquin Phoenix, Amy Adams, Scarlett Johansson, Rooney Mara, Kristen Wiig, Lynn Adrianna, Lisa Renee Pitts, Gabe Gomez, Chris Pratt, Artt Butler, Bill Hader, Spike Jonze, Brian Johnson, Matt Letscher, Olivia Wilde, David Azar, Melanie Seacat, Pramod Kumar e Evelyn Edwards
Produção: Chelsea Barnard, Megan Ellison e Natalie Farrey
Fotografia: Hoyte Van Hoytema
Montador: Jeff Buchanan e Eric Zumbrunnen
Trilha Sonora: Owen Pallett
Ano: 2013
País: Estados Unidos
A
nostalgia e o distanciamento invadem uma sociedade futurista, onde
as emoções deixam de ser tão realistas como deveriam. Ela
(Her, no original) é uma dura porém poética crítica
social ao modo como o ser humano se relaciona com a tecnologia e,
cada vez menos, com seu semelhante.
Numa Los
Angeles futurista, Theodore é um homem triste que ganha a
vida escrevendo cartas pessoais para os outros. Desmotivado após o
fim de um longo relacionamento amoroso, Theodore fica
intrigado com um novo sistema operacional, o OS, que promete
ser uma entidade intuitiva, uma inteligência artificial que pensa e
que cria “verdadeiros” laços de afeto com seu dono . Quando
instala o programa, nosso protagonista fica encantando ao conhecer
Samantha, uma voz feminina perspicaz, sensível e divertida,
que lhe parece muito real. À medida que as suas necessidades e
desejos evoluem em sintonia com os de Theodore, esta amizade
se transforma numa espécie de romance.
Ela,
no entanto, não é simplesmente uma história de amor. É muito mais
uma história de seres humanos que deixaram de ser capazes de lidar
com emoções reais. No futuro idealizado por Spike Jonze, o
diretor, a solidão invade todos os espaços. São
raras as conversas entre amigos, colegas, vizinhos, é raro o olhar
para o outro, a sociabilização é quase nula. As atenções
se concentram nos aparelhos eletrônicos, tão evoluídos que já nem
precisamos tocar, basta falar, ordenar um comando por pensamento. As
roupas e ambientes coloridos entram em contraste, ironicamente, com o
sentimento verdadeiro. Visualmente, o filme é muito lindo, com uma
fotografia que invoca os filtros do Instagram. Talvez
propositalmente.
Um
filme atual, necessário, que expressa nossa atual realidade. As
pessoas cada vez mais distantes uma das outras, presas em seus
complexos smartphones, vazias ou recheadas de depressões ou
síndromes de ansiedade.
Joaquin
Phoenix nos oferece uma
interpretação surpreendente. O ator se entrega a um solitário,
romântico, deprimido, refém da tecnologia e com dificuldades
imensas em sociabilizar. O seu emprego revela um lado sensível e
sentimental, ao mesmo tempo que prenuncia a relação pouco
saudável e irreal que desenvolve com Samantha. Phoenix
transpira sensibilidade e uma terrível timidez.
Como será o futuro? Um futuro pouco feliz, e com uma monstruosa
dependência sentimental das máquinas. Que essa película nos sirva
como alerta para valorizarmos as emoções reais. Vai que uma
Samantha chega e bata na sua porta. Ou melhor: no seu
computador.
NOTA DO CLUBE: 9,0.